Quando seu cão atingir a idade de 4 a
6 meses (no máximo), ele deve tomar a vacina contra a raiva que também deve ser
repetida todos os anos. Vale à pena lembrar que a raiva é uma doença sempre mortal
aos cães.
Leia sobre a raiva e outras doenças:
Zoonoses: São
doenças comuns ao homem e ao cão e, em alguns casos, a outros
mamíferos. A transmissão pode
ocorrer entre espécies.
• Raiva (hidrofobia)
O que é: Doença infecciosa causada por um vírus quase sempre
mortal aos cães. É transmitida pela
saliva ou pela mordedura do animal portador do vírus. O morcego
hematófago - que se alimenta de
sangue - é o principal transmissor da doença na natureza. Como
evitar: Além de evitar que seu cão
tenha contato com animais com suspeita de contágio, a vacina
é a única maneira de controlar a
doença.
Sintomas: agressividade, mudança nos hábitos e comportamento,
salivação (o animal baba
muito) e paralisia. É importante saber que nem todo animal que
baba está infectado. No caso da
doença, há uma paralisia dos músculos faciais que impede que
o animal engula sua saliva. Existem
raças de cães que babam quando estão com calor ou fome e a baba
também pode ser sinal de intoxicação
com venenos e plantas.
O que fazer no caso de contagio: Se
uma pessoa for mordida por
um cão, o animal deve ficar em observação durante 10 dias. Caso
apresente algum sintoma da doença,
ou for impossível observá-lo durante esse período, a vítima
da mordida deve imediatamente se dirigir a
um posto médico ou hospital para receber o soro anti-rábico.
Se um cão não vacinado for mordido, ele
possivelmente contrairá e padecerá da enfermidade em 10 dias.
• Brucelose
O que é: É uma
enfermidade infecto-contagiosa crônica que ocasiona abortos
em cães e outros
mamíferos, sendo mais comum nos animais jovens. A brucelose
é uma zoonose, podendo ser
transmitida para o Homem.
Como evitar: Não
alimentar cães com leite e derivados sem pasteurizar ou
ferver, nem com carne ou vísceras cruas ou mal passadas.
Sintomas: Não há sintomas
gerais como febre e outros, porque a doença tem tendência ao
curso crônico
e à endemicidade. Em alguns casos
observa-se letargia, pelo ralo e sem brilho e rigidez dos membros
posteriores.
O que fazer no caso de contágio: Levar o animal ao veterinário
para prescrição de tratamento. A
castração dos animais doentes pode ser uma alternativa.
• Leptospirose
O que é: Doença transmitida pelo contato físico com a urina
de roedores que atinge os homens e os
animais. A bactéria pode infectar o cão que tiver feridas na
pele ou que ficar exposto durante muito
tempo à água contaminada. A doença também pode ser transmitida
sexualmente.
Como evitar: Impedir que o animal entre em contato com água
parada ou proveniente de esgoto e
manter em dia a vacinação do cão (de seis em seis meses)
Sintomas: Cor amarelada nas mucosas e na pele, febre, apatia,
perda de apetite, vômitos, dor renal e
dor muscular.
O que fazer no caso de contágio: Levar o cão ao
veterinário, que deve prescrever
antibióticos e soros adequados para tratar o quadro renal e
hepático.
• Toxoplasmose
O que é: Doença transmitida por um protozoário (Toxoplasma gondii)
que pode ser encontrado nas
fezes do gato e outros felinos. O gato é o hospedeiro definitivo
e o homem e outros animais - inclusive o
cão - são hospedeiros intermediários. A doença afeta o Homem
e é especialmente perigosa para
mulheres grávidas e portadores de HIV com baixa imunidade. É
importante salientar que o cão não
transmite a toxoplasmose ao homem, somente o gato.
Como evitar: Evitar contato com areia ou terra
que podem conter fezes - isso inclui tanque de areia de playgrounds
e de construções. Não ingerir
carnes cruas ou mal cozidas, o que permite a sobrevida do parasita.
Sintomas: O cão
pode apresentar febre, vômitos, inapetência, diarréia intensa,
perda de peso
e conjuntivite. Os sintomas são muito
semelhantes aos da Cinomose, portanto, antes de medicar seu
cão, consulte um veterinário.
O
que fazer no caso de contágio: Existe
tratamento para a toxoplasmose através de antibióticos e
quimioterápicos, conforme orientação médica.
• Leishmaniose
O que é: Causada por um protozoário (Leishmania), a Leishmaniose
pode ser transmitida do cão para o
homem e vice-versa. O animal contrai a doença através da picada
do mosquito vetor, que é encontrado
no litoral.
Sintomas: Inchaço de órgãos como baço e fígado,
crescimento exagerado das unhas e
surgimento de feridas e lesões pelo corpo.
Como evitar: O único
modo de evitar a leishmaniose é
impedir a picada do mosquito contaminado. Como o inseto tem
vida noturna, o ideal é que o cão
pernoite em local fechado - como um canil ou dentro da casa
- onde haja tela nas janelas.
O que fazer no caso de contágio: Quando diagnosticado a tempo,
a enfermidade tem tratamento
viável para humanos. Para cães, no entanto, o tratamento é ainda
controverso, pois há uma tese de
que, mesmo curados, os cães armazenam reservatórios da doença.
Para certificar-se da enfermidade,
o cão deve ser submetido a um exame de sangue e biópsia das
feridas.
Outras doenças que não são transmitidas ao homem:
• Cinomose
O que é: É uma doença causada por um vírus altamente contagioso
que afeta, principalmente, filhotes
de 6 a 12 semanas que não estejam vacinados. A transmissão é
feita através das secreções corporais -
como a coriza e a saliva. Cadelas contaminadas podem transmitir
para seus filhotes.
Como evitar: O animal contaminado deve ser isolado para não
contaminar outros cães. Evitar que seu
cão fique em canis ou hotéis para animais em que todos fiquem
juntos.
Sintomas: Depressão, apatia, perda do apetite, mal-estar e febre.
Bolhas com pus podem aparecer na
parte almofadada da pata do cão. A Cinomose é conhecida por
apresentar três fases distintas: fase
respiratória (em que o animal tem dificuldades para respirar
e quadro de rinite e bronquite), fase digestiva
(o cão tem diarréia e vômito) e fase nervosa (o cão apresenta
convulsões, falta de coordenação
motora e alterações no comportamento).
O que fazer no caso de
contágio: Logo que
notar a presença dos sintomas, o dono do cão deve levá-lo ao
veterinário. A urgência é maior no caso
da cinomose porque o prognóstico não é muito favorável, sendo
que o sacrifício é recomendado em
grande parte dos casos.
• Parvovirose
O que é: É uma virose muito contagiosa que se dá através do
contato com as fezes de animais
infectados ou nos locais freqüentados por esses cães (o vírus
é altamente resistente). A enfermidade
atinge principalmente filhotes com até 6 meses de idade.
Como
evitar: A taxa de mortalidade é alta
entre filhotes e entre cães das raças citadas anteriormente.
A vacinação dos filhotes e das fêmeas
gestantes, bem como a manutenção do calendário de vacinas anuais,
é a garantia de evitar que a
Parvovirose chegue ao seu animal.
Sintomas: Falta de apetite,
apatia, febre, desidratação, prostração
e diarréia com presença de sangue. O animal pode vir a falecer
em poucos dias.
O que fazer no caso
de contágio: Levar o animal ao veterinário para tratamento à
base
de soroterapia para corrigir o desequilíbrio do animal além
de tratar os sintomas das infecções bacterianas secundárias.
Parasitas
Assim que adquirir um cão, leve-o ao veterinário que vai prescrever
o vermífugo certo para seu animal.
Se necessário, faça um controle por meio de exames de fezes
depois de alguns dias. O animal deve
tomar doses de vermífugo periodicamente.
No caso de contágio de qualquer verminose, o tratamento é feito
através de vermífugos que existem no
mercado e que são determinados pelo veterinário que irá escolher
o melhor para cada caso. As
seqüelas advindas da verminose também devem ser tratadas pelo
veterinário. A vermifugação não
deve ser feita somente quando o animal estiver infectado.
• Dipilidium
O que é: Vermes esbranquiçados chatos que se movem lentamente
nas fezes ou no períneo (região ao
redor do ânus) do cão ou gato. Tem o tamanho médio de um grão
de arroz. O contágio dos animais é
feito através da ingestão de pulgas e o homem também pode ser
contagiado.
Sintomas: Debilidade, mal estar, irritabilidade, apetite inconstante,
pêlos ásperos, cólicas, diarréia
suave e ataques epilépticos.
• Ancilóstoma
SP (Ancylostoma caninum)
O que é: Verme que pode ser adquirido pela ingestão de água
ou alimentos contaminados e também
pela penetração das larvas na pele. Os filhotes em período de
amamentação podem contrair o parasita
através do leite da cadela, se ela estiver infectada. Os vermes
adultos alimentam-se da mucosa
intestinal, causando hemorragias no local. Essa "raspagem" resulta
em numerosas hemorragias da
mucosa do intestino. Os animais perdem sangue continuamente.
Sintomas: Os ovos de ancilostoma
podem ser encontrados nas fezes do hospedeiro cerca de 15 a
18 dias após a infestação oral inicial.
Além disso, o animal apresenta emagrecimento, anemia grave,
fraqueza, fezes escuras e fluidas.
• Lombriga
(Toxocara Canis)
O que é: Esse verme
é um hospedeiro habitual do intestino delgado do cão. O contágio
é feito pela
ingestão dos ovos do parasita. Depois de formada, a larva se
libera no intestino e cai na corrente
sangüínea. Em sua migração chega aos brônquios, passa pela traquéia,
é expulsa e deglutida de novo,
indo novamente para o intestino onde atinge sua maturidade.
Em cadelas prenhes, as larvas são
mobilizadas, migram para o feto em desenvolvimento e, eventualmente,
alcançam o intestino dentro de
uma semana após o nascimento.
Sintomas: pêlos eriçados, emagrecimento
e falha no crescimento dos
filhotes, que muitas vezes ficam "barrigudos".
Os vermes freqüentemente saem nas fezes - que ficam
pastosas e podem apresentar muco - ou no vômito. Animal pode
apresentar sintomas nervosos, como
convulsões, acessos de fúria e movimentos circulares contínuos.
• Dirofilariose
(verme do coração)
O que é: Enfermidade causada por um parasita que se desenvolve
dentro do coração do cão. O verme
chega a atingir 35 centímetros é transmitido pela picada de
um mosquito infectado.
Sintomas: Por habitar o coração e grandes vasos sanguíneos,
a dirofilária causa obstrução à
passagem do sangue. Para compensar o problema, o coração terá
que trabalhar mais e com mais
força. Com o decorrer do tempo, haverá enfraquecimento do músculo
cardíaco que irá dilatar-se. Em
consequência disso, o cão apresenta sinais de doença cardíaca
como perda de peso, cansaço, tosse,
dificuldade de respirar, falta de ânimo e abdômen grande. O
cão pode conviver com o verme durante
anos sem apresentar qualquer sinal. Porém, quando esses sintomas
aparecem, a doença já está avançada.
Portanto lembre-se:
Muitas pessoas podem até ter experiência de vida e conhecer
muitas doenças que acometem nossos
animais de estimação, porém, apenas uma saberá exatamente o
que fazer, porque fazer, como fazer e
quando deverá ser feito. Essa pessoa é o Médico Veterinário.
Portanto jamais se iluda com fórmulas
mirabolantes e receitas mágicas, quando seu animalzinho de estimação
ficar doente procure um
Médico Veterinário de sua confiança.